sexta-feira, 8 de maio de 2009


(...) E em cada poema
deixarás o testemunho
da tua alienação,
do restrito mundo interior
ao qual te abandonaste.
Maus poetas do mundo,
uni-vos,
para escrever o fim
desta nossa poesia! (...)

(Trecho do poema nº 1, do bloco Não suportarás, do livro Poesia Clandestina.)


(...) Desabou o corpo
e estendido se mostrou
em toda a nudez
da alma.
Teus olhos morreram
naqueles olhos
fechados e felizes
pelo descanso da vida. (...)

(Trecho do poema nº 2, do bloco Não amarás, do livro Poesia Clandestina.)




(...) Beberás a última cerveja,
fumando o último cigarro,
e lerás o último poema,
lembrando de cada rosto
envelhecido no teu tempo,
compreendido no teu silêncio,
reinventado no teu olhar. (...)


(Trecho do poema nº 5, do bloco Não suportarás, do livro Poesia Clandestina.)